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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

“Lambe-lambe” digital une tradição à modernidade em Mesquita.

Há mais de 35 anos atuando na praça Elizabeth Paixão, fotógrafo de rua investe em tecnologia para ser manter na ativa
Muitas árvores da Praça Secretária Elizabeth Paixão foram trocadas por palmeiras, mas a cabine, tripé e a máquina fotográfica continuam lá, firmes e fortes. É assim que o mais antigo fotógrafo “lambe-lambe” da cidade, Manoel Antônio, de 68 anos, toca o negócio e mantém viva a tradição. Com seu estúdio montado ao ar livre, embaixo de uma amendoeira, no centro da praça, Manoel acrescentou à tradição um quê de modernidade: as fotos são feitas com uma câmera de última geração e impressas ali mesmo, em uma impressora digital; “lambe-lambe” ficou no passado.
Manoel se apaixonou por fotografia por causa do irmão, que já trabalhava como “lambe-lambe” na Zona Sul do Rio, na década de 1970. Ele ainda revelou que foi seu irmão que o ensinou a manusear os cinco tipos de produtos químicos para o processo de revelação, que durava de 10 a 15 minutos. “Amo o que faço e não trocaria por nada. Por isso que estou no mesmo lugar há mais de 35 anos”, contou.
O tempo trouxe mudanças na profissão e as velhas máquinas “Lambe-lambe” foram desaparecendo das praças. Mas a paixão pela atividade levou Manoel e acompanhar as mudanças tecnológicas. Com a impressora digital ele melhorou a qualidade das imagens e agilizou o processo, que hoje, não precisa de mais nada além de sentar e esperar. Antes, as fotos eram reveladas em 30 minutos, e agora são entregues aos clientes na hora. “Estou trabalhando com ela há quatro anos. E não quero mais nada. Só sento e observo”, comenta.
Mas ele afirma que as vantagens saem caras. Ele conta que seu custo é muito maior agora do que quando ele atuava como “lambe-lambe”. “A imagem dela é maravilhosa, mas em compensação, gasto mais por conta do papel para impressão, tinta e manutenção”, explicou.
Para Mônica Rosa, de 37 anos, Manoel é referência na região. Segundo ela, o fotógrafo foi a primeira opção quando resolveu acompanhar o filho para tirar fotos para emprego. “Moro aqui há 30 anos e sempre o vi trabalhando aqui na praça. Se falar do `lambe-lambe´ da praça todos vão saber quem é”, disse.

Segundo o Wikipedia, o fotógrafo Lambe-lambe é um fotógrafo ambulante que exerce a sua atividade nos espaços públicos como jardins, praças, feiras. Presentes a partir do século XIX nos espaços públicos, os lambe-lambes tiveram papel importante na popularização da fotografia.
As circunstâncias exigiam tempo mínimo de lavagem e mínima quantidade de água. Portanto, para garantir a qualidade do trabalho, eles tocavam a língua nas fotos durante a lavagem para avaliar a qualidade da fixação e da própria lavagem.
O que importava para o lambe-lambe era a luz intensa, já que ele não trabalhava com chuva. Sua presença na Praça era referência do sol, índice que garantia a alegria de todos os frequentadores da Praça durante o dia. “Para ser um bom retratista era preciso ficar de olho nas nuvens”, dizia-se nos anos 20, 30 e 40, considerado o período de ouro da atividade profissional do fotógrafo lambe-lambe.
A partir dos anos 50, o fotógrafo lambe-lambe passou a produzir somente retratos para documentos, tipo 3X4 cm, a fim de atender a demanda da nova clientela, que necessitava de fotos para documentos.
Em 2005 os fotógrafos “lambe-lambe” foram declarados Patrimônio Cultural da cidade do Rio de janeiro.

Fonte: Conecta Baixada

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